2009-09-28

Enquanto isso... nos Campos de Caça

Jimmy adentrara nos Campos de Caça pela primeira vez desde que conseguira o livro, sabia que o livro lhe traria alguns problemas, mas esperava que não houvessem problemas lá, haviam até dicas nele de como lidar com o pequeno grupo de manitous encrenqueiros que lhe forneciam poder, mas alguma coisa estava extranha, pela primeira vez desde que havia começado a trespassar a barreira pro mundo sobrenatural as coisas estavam calmas, a pequena Horda não estava ali pra celebrar a sua chegada.
Havia um silêncio sepulcral nos Campos de Caça, ao contrario do Mundo Real, onde o trem estava sendo alvejado por tiros, ali só havia um silêncio e uma tensão no ar, a tensão era algo normal lá, afinal Jimmy sabia que o que os manitous queriam eram a oportunidade de caminharem no Mundo Real, se sentirem vivos e era essa sempre a aposta que eles faziam, um tempo no corpo dele se perdesse, o uso de um poder se ganhasse. Negociações como esta sempre geram tensão.
Jimmy começou a procurar em volta, se atendo aos detalhes, estava na entrada de um desfiladeiro, atrás dele só deserto, acima o céu acinzentado dos Campos de Caça, não havia ninguém, nem pequenos animais na sua volta, olhou para dentro do desfiladeiro de novo, se sentiu convidado a entrar, sabia que seria perigoso, talvez um perigo que ele ainda não tinha experimentado, mas esse era o preço, e agora ele não voltaria atrás.
Depois de caminhar por um bom tempo, horas talvez, o tempo era um pouco diferente nos Campos de Caça, Jimmy parou, se encostou numa pedra, colocou a mão no bolso e sacou o seu baralho,  se sentia observado, já fazia um bom tempo que sentia alguém acompanhando o caminho dele. Já estava na hora de quem quer que fosse se manifestar. Se sentou no chão e começou a brincar com as cartas, embaralha-las e sacar uma aleatória, jogava uma carta na manga e depois fazia a carta aparecer na outra manga.
Foi quando escutou os passos, tentando fingir que não havia ouvido Jimmy olhou discretamente em volta, ainda brincava com as cartas, mas fazia de uma forma que pudesse movimentar sua cabeça e olhar o que estava acontecendo ao seu redor. Até que viu uma sombra se mexer, parecia uma poça de petróleo escorrendo pela parede, não era muito grande, mas Jimmy não consegui tirar os olhos daquilo, ainda embaralhava seu baralho, mas agora estava com o olhar fixo no que quer que viesse dali.
A primeira coisa a surgir naquele breu foram dois pontos vermelho-sangue, e vagarosamente a criatura começou a emergir da sombra, seus olhos brilhavam, ela parecia um cachorro sarnento, com os dentes afiados, um olhar traiçoeiro e o corpo todo machucado, como se tivesse sido tirado de uma cova. Jimmy engoliu seco sua saliva, sabia que aquele Manitou era perigoso, instintivamente sabia disso, muito mais perigoso que a Horda que ele estava acostumado. O animal se aproximou, andou em volta de Jimmy e finalmente falou.
- Vamos jogar, o que você quer?
Jimmy ficou surpreso com a iniciativa do manitou, momentaneamente perdeu a iniciativa.
- Então, o que você quer? perguntou a criatura mais uma vez - É bom ser rápido, não é bom ficarmos assim por aqui.
- Eu... preciso... levitar um objeto. começou Jimmy, como se a sua confiança fosse voltando aos poucos. Quem... é você? E por que a pressa?
- Não precisamos dessas formalidades. Tu só me diz o que tu precisa e deu.
- Qual é o preço? perguntou Jimmy. - O de sempre.
- Nunca houve sempre entre nós amigo. Só peço que tu me escute, eu posso te fazer sobreviver aqui e lá.
- Parece bom. Na verdade bom demais pensou Jimmy, mas não era a primeira vez que jogaria sem saber o que realmente estava acontecendo, conforme fossem jogando ele acabaria descobrindo mais sobre aquela criatura. - Eu preciso levitar um objeto, uma caixa.
- Por que? indagou a criatura.
- Por que estamos num trem sendo atacado por uma dezena de bandidos e a caixa parece ser importante.
- Não seria melhor deixar eles levarem tudo. Eu poderia te tirar do trem em segurança, os outros que se virem. argumentou a criatura.

- Infelizmente não vai dar, eu preciso de várias respostas, e isso pode me levar a elas.
- Então amigo, vamos jogar. Me mostre do que você é capaz.

2009-09-25

Descendo a garganta

Depois de serem contratados pela belíssima Mina Devlin nossos heróis vão ter uma bela noite de descanso, para no dia seguinte partir em direção da cidade de Devil's Throat.
Bem... não foi bem assim, Alex perdeu um pouco do dinheiro que conseguira e bebeu um pouco mais do que precisava, mas na manhã seguinte, com ajuda do Jymmi, todos estavam na estação de trem de Denver.
A viagem transcorreu bem, até que um grupo de bandoleiros atacou o trem, depois de uma perigos troca de tiros os heróis conseguiram não só salvar o trem, como também a carga que os bandoleiros buscavam. Não se sabe se foi por sorte ou azar que Rivereye acertou a sua machadinha na caixa - que levitou de volta pro trem - a qual os bandidos tentaram roubar. Quem sabe se ela tivesse alcançado seu alvo Rivereye não teria mais uma companhia sobrenatural.


Mas o que os bandidos queriam com aquela caixa? E será que o que tinha nela ainda está inteiro?

As primeiras cartas

Agora que os personagens principais já foram apresentados, começaremos a mostrar as primeiras cartas a aparecerem na mesa.


Adam Hawkeye, K ♣ - Ele já se apresentou como um agente do governo, um índio bêbado e um agiota, mas ninguém sabe realmente pra quem ele trabalha e quais são suas verdadeiras pretensões.
Alguém quer arriscar?




Mina Devlin, Q ♦ - Dona da companhia ferroviária Black River, a viúva Devlin é uma das mulheres mais poderosas da América, dizem que ela entrou na guerra das ferrovias somente pra mostrar ao mundo as capacidades do sexo "fragil".
Recentemente contratou um pequeno grupo de indivíduos para irem até Devil's Throat e estudar a cidade.

A mão principal



É hora de conhecer os personagens principais da nossa trama:

Alex Stone, Q ♠ - Pistoleira, caçadora de recompensa e jogadora compulsiva. Alex é uma cowgirl que busca mostrar que o Oeste não é só feito de homens bravos.






Jimmy Jones, J ♦ - O jovem Jimmy é um iniciado nas Artes dos Hucksters, recentemente ganhou uma herança do seu tio, supostamente falecido, que inclui uma casa, um diário e um antigo livro que lhe promete conhecimento e problemas.




Rivereye, J ♣ - Um exímio caçador, Rivereye perdeu sua família nas mãos de um grupo de bandidos preconceituosos. Agora ele está disposto a levar sua vingança às últimas consequências.
Já conseguiu pegar o primeiro do grupo de assassinos, mas o destino parece caçoar de Rivereye, pois o que ele ganhou com isso foi um fantasma intragável como companhia.


Ahhh, o Colorado!!!



Bem vindos ao Colorado parceiro, uma terra otima para se viver, o centro da América, pelo menos a América de Deadlands. Uma região próspera, com belas áreas de montanhas, vastas planices e lindos lagos.
Mas não vá achando que tudo são flores no Colorado, é nele que também se encontram três das maiores companhias de transportes ferroviários e, por causa disso, é uma das principais áreas da guerra dos trilhos.
Então parceiro, esteja preparado para as oportunidades, mas não esqueça de manter a sua arma carregada.

2009-09-24

Tíquets na mão


Oi pessoal.
Bem vindos ao Weird West. Aqui será uma área de lembretes e ideias dessa pequena história que estamos passando em Deadlands.


Embaralhe suas cartas, carreguem suas armas e confiram seu maquinário maluco pois o trem está partindo, e aqui, os mortos caminham.