2009-11-20

Pandemônio na oficina - parte 2

O reverendo Gary estava pendurado em uma rede no centro de uma sala que parecia uma oficina, havia silêncio e ele não conseguia ver quem poderia ter trazido ele até ali. Esperava ver algum homem grande ou alguns homens, afinal era preciso vários homens pra conseguir arrastar alguém do tamanho do reverendo, mas não havia ninguém e isso tornava a situação mais estranha ainda. O reverendo tentava se soltar, mas acabou percebendo um tipo de arame farpado envolto na rede, ou seja, sair dali poderia deixá-lo bem ferido e provavelmente sem condições de enfrentar quem quer que tenha trazido-o até ali. Foi quando ouviu barulho do lado de fora, clamou por ajuda, viu um vulto se esgueirando pela janela, se fosse o dono da casa não faria isso, então era sinal de que só podia ser algum auxílio, parece que as preces do reverendo foram ouvidas.
Foi quando a loucura começou.
 
O grupo de heróis vinha se aproximando da casa da Doutora Madaleine sorrateiramente. Assim que chegaram na calçada começaram a organizar a invasão, Rivereye tentava ver alguém pela janela, a xerife e Alex estavam na porta, só esperando um sinal pra invadirem a casa enquanto Jimmy protegia a retaguarda do grupo, as portas das jaulas que Rivereye havia usado para armadilhas estavam loucas, ficavam batendo sozinhas, como se uma força externa estivesse abrindo e fechando-as.
Rivereye pode ver alguém dentro da casa, parecia um búfalo pendurado no centro da sala, a poeira da janela não deixava ver melhor, até que um grito de alerta veio lá de dentro.
Foi quando a loucura começou.

Eles espreitaram o grupo chegando, escondido atrás das barras, por dentro das engrenagens das jaulas. Começaram com pequenos sustos, já haviam conseguido uma boa refeição com o gigante da noite anterior, agora quatro indivíduos suculentos estavam se aproximando da casa. Eles faziam as portas das jaulas baterem, alguns reconheceram alguns indivíduos do grupo, a índia que a muito passeava por ali, sabiam que ela era perigosa, que tinha boas armas contra eles, então era bom ter cuidado com ela, havia também o índio que armava as jaulas, trazia comida pra eles e ainda deixava uma peça pra eles descansarem, uma pena, ele não era de todo ruim, os outros dois vinham armados o que faria a situação ser mais divertido.
Quando o grupo passou pelas jaulas um deles correu e saltou na arma do que vinha mais atrás, ele já tinha muito medo no cheiro, seria um prato cheio, um deleite, uma refeição farta. Como sempre ninguém o viu, ele saltou na arma e se alojou nas engrenagens, se fundiu ao objeto, agora o corpo da arma também era seu corpo e faze-la disparar seria como arrotar, era só forçar um pouco.
Ficou ali aguardando, o grupo se aproximou da casa e começou a investigar o local, dentro da arma ele ria da débil tentativa deles de serem discretos, ninguém era tão discreto quanto o seu pessoal e o grupo até poderia ser bom, mas perto do seu povo eles eram como búfalos caminhando sobre cacos de vidro, ou seja, facilmente captáveis.
Lá dentro o resto do pessoal já estava se posicionando, o negro gigantesco havia tentado pedir socorro o que só ajudava a mostrar a posição de quem estava chegando, não que eles precisassem do negro, o pessoal das jaulas na rua já haviam avisado eles. Dois deles correram pra gatling e começaram a se ajustar a arma, um cuidaria do gatilho o outro do movimento da arma. Se eles fugissem seria de medo, o que seria bom também, no fim eles sempre sairiam ganhando. Agora era só cuspir balas.

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